Autor: Marcel S. Cabral
Investir é algo que mexe com o imaginário das pessoas e deve ser um hábito frequente da vida de todos os cidadãos que têm renda.
É certo que os compromissos do dia a dia acabam por retirar o foco nessa ação.
Dívidas existentes, despesas recorrentes, compromissos assumidos e outros não esperados, diminuem a disponibilidade da renda para que as pessoas possam investir.
Isso, associado ao desconhecimento sobre essa área, faz com que alguns prorroguem essa decisão, procrastinando algo que não deveria ser tratado desse modo.
Mesmo assim, investir deve ser prioridade sim na vida das pessoas!
Mas como desenvolver tal hábito diante desse cenário?
O primeiro certamente é se capacitar, saber o que é investimento e conhecer as opções legais existentes!
Traduzido em um simples conceito, investir trata de aplicar recursos (financeiros no caso desse artigo) em algumas opções que podem contribuir com o aumento do patrimônio, sendo que no limite, o objetivo é fazer com que tal patrimônio gere renda suficiente a ponto do trabalho do dinheiro substituir a ideia de trabalhar por dinheiro.
Um conceito que traz uma série de outros questionamentos.
As opções existentes são inúmeras e algumas oferecem mais risco que outras, mas antes mesmo de escolher essas opções, alguns cuidados essenciais devem ser tomados.
Notem que há destaque para a palavra legal. Isso porque temos visto ao longo dos últimos dias notícias diversas sobre fraudes em que criminosos se apropriam dos recursos de outros numa falsa ideia de que estão investindo para elas.
Identificar a idoneidade dos indivíduos que atuam no mercado financeiro é, por vezes, desafiadora.
Assim, sugerimos algumas dicas para ajudar todos a identificarem situações que podem ser uma fraude.
Alguns criminosos afirmam ter ou fazer parte de uma corretora, quando na verdade é tudo mentira.
Se você tem dúvidas se a corretora é confiável, você pode consultar o site da nossa bolsa de valores, a B3, que mostra todas as corretoras do país ou até mesmo contatar a CVM, entidade que fiscaliza nosso mercado, para esclarecer qualquer dúvida.
No Brasil quem pega dinheiro dos outros para administrá-lo pode fazer isso de dois modos basicamente: através de um clube de investimento ou por meio de um fundo de investimento.
As regras para formação de um clube de investimento, podem ser encontrados na ICVM 494 de 2011, e envolvem:
- Registro deles em uma corretora;
- Distribuições das cotas por meio da corretora;
- Possuir um estatuto que fala sobre as taxas, administrador, prazo, etc.
Quanto aos fundos de investimentos, existe uma variedade de tipos, mas é possível consultar os que estão ativos através da própria página da CVM, clicando aqui.
Além disso, outras consultas e questionamentos podem contribuir para esclarecer a idoneidade das empresas e indivíduos. Algumas delas são:
- A empresa tem cadastro junto à receita federal (CNPJ ativo)?
- A oferta envolve retornos expressivos (uma vez que em renda variável não é possível garantir retorno)?
- Quais são os ativos financeiros que você investe?
- Esses ativos são negociados onde?
- Quem fiscaliza o mercado onde esses ativos são negociados?
- De onde “você” (a empresa/indivíduo em questão) tira sua remuneração?
Certamente existem outras questões que podem contribuir para evitarmos de entrar em furadas, mas começando pelos pontos retratados você já avança com o conhecimento em investimentos e cuida melhor daquilo que pode garantir seu bom futuro!
Bons investimentos!