Autor: Marcel S. Cabral
Essa chamada é provocativa.
É provável que quem investe (ou deseja investir) pense nessa resposta em termos do retorno que os investimentos podem oferecer, medido pela variação do patrimônio ao longo de um determinado período, ao ponto de gerar uma renda passiva.
Mas a ideia aqui é trazer você, investidor ou iniciante nesse universo, para uma reflexão sobre a transformação que vem ocorrendo na indústria dos investimentos que pode ter efeitos, sim, sobre as decisões financeiras que faz.
A motivação do texto de hoje teve como estímulo a leitura de um artigo escrito por um colega da época da academia sobre ESG, que pode ser consultado clicando aqui.
Para quem ainda não conhece esse termo, ESG, é a sigla das expressões em inglês Enviromental, Social e Governance, que em resumo representam o tripé de uma filosofia de investimentos que vem crescendo ao longo do tempo.
Se você assistiu à última temporada da série Billions, provavelmente viu uma discussão a respeito nas telas do NetFlix.
Tal filosofia considera a avaliação sobre os impactos nas áreas do meio ambiente, social e a preocupação com boas práticas de gestão que as decisões das empresas possam acarretar.
No artigo em questão, os autores trazem considerações sobre a conexão dos investimentos com o ecossistema dos mares que afeta a todos de modo único, por meio da produção do oxigênio que respiramos.
O elo de ligação entre essas esferas (investimentos e meio ambiente no caso) é ocasionado pela estruturação de produtos de investimentos como por exemplo, os Blue Bonds, citados no artigo.
Mas para melhor compreensão e generalização da ideia do ESG nos investimentos, a avaliação da performance das empresas e o retorno de suas ações é um dos aspectos que vem sendo estudado por vários pesquisadores ao longo dos últimos anos. Uma simples pesquisa no google acadêmico revela vários desses estudos.
Ao redor do mundo tais pesquisas têm encontrado resultados distintos explicando se as boas práticas de ESG aumentam o valor das empresas, logo, o retorno dos acionistas, segregando tais análises em diferentes visões, tais como: entre países desenvolvidos e emergentes; entre setores mais sensíveis e menos sensíveis, etc.
Certamente, vivenciamos novos tempos não só quando o assunto é investimento que, reforçado pelo momento atual que enfrentamos, trazem novas reflexões para o futuro que queremos também como investidor!