Autor: Marcel S. Cabral
Risco, risco e mais risco, aprenda a lidar!
É provável que a sugestão de algo depois de um evento acontecer provoca angústias, por isso venho publicando ideias sobre a administração de riscos em operações de bolsa.
Aqui escrevi sobre capacitação, aqui escrevi um pouco sobre como administrar uma carteira, aqui um pouco sobre o processo de gestão de risco. Lições que poderiam ter contribuído com o que ocorreu a inúmeros investidores.
Nessas duas últimas semanas, mais de um milhão de novos CPF´s na nossa Bolsa, passou pelo seu teste de fogo e, os motivos, vemos a todo instante nas mídias.
Mercados derreteram, fundos perderam bilhões, investidores em dúvida sobre o que fazer com suas posições, um cenário que repete acontecimentos já vividos em outras épocas.
Se você ler o romance “1929: quebra da bolsa de Nova York: a história real dos que viveram um dos eventos mais impactantes do século” vai ver que lá naquele ano tivemos movimentos semelhantes. Mais recente, se você assistir os filmes “Margin Call: o dia antes do fim” ou “A grande aposta”, vai observar algo parecido ao que acontece nos mercados hoje comparando com o ano de 2008.
Os livros e filmes, como muitos dizem, tratam da arte imitando a vida.
Na história os ensinamentos foram passados, mas repetimos os erros. Um alento é que Kahneman já concluiu que nós, investidores, não somos totalmente racionais.
Mas o que devemos fazer para melhor nos proteger?
A resposta dessa pergunta é que devemos sempre estar atentos ao risco dos nossos investimentos. É uma questão de sobrevivência. Por isso que os conteúdos de Gestão de risco nas cadeiras de finanças são tão importantes.
Avaliar, mensurar, mitigar e controlar é o processo básico para administrar tais riscos.
Isso pode nos proteger de um cisne negro como o ocorrido, ou seja, um evento muito raro de acontecer mas que gera impactos relevantes, segundo o conceito de Nassim Taleb.
Avaliá-los e mensurá-los, pode ser um desafio maior, mas mitigá-los, ou seja, diminuir ou até eliminar os riscos é um aspecto que tem várias formas de ser realizada.
As soluções incluem: a ideia de não colocar todos os ovos na mesma cesta (diversificar); a aquisição de moeda estrangeira; a compra de ouro e; até o uso de derivativos que podem servir como uma espécie de seguro das nossas carteiras de investimento, dentre outras situações.
Para ter uma ideia, pesquisem o quanto as opções de venda (puts), que em alguns casos valem centavos, subiram nessas últimas semanas, como reflexo da queda expressiva dos mercados.
O risco sempre haverá, mas se você quer avançar nesse mercado, aprenda a lidar com ele!