Autor: Marcel S. Cabral
Antes de começar o texto vale reforçar conceitos. Quando falamos de juros, falamos acerca do valor adicional que pagamos ou recebemos decorrente de uma taxa, geralmente expressa em termos percentuais!
Exemplificando para esclarecer, imagine que você empresta R$ 100 e após um período recebe R$ 110. Qual é a nossa taxa nesse caso? 10% é a resposta. E o valor dos juros será de R$ 10. Uma coisa é juro outra coisa é a taxa de juro!
Feita essa ressalva, sigamos adiante.
O subtítulo desse texto cabe tanto no contexto de dívidas quanto de investimentos.
No caso das dívidas, uma recomendação fundamental para que as pessoas tenham uma melhor situação financeira é converter as dívidas mais caras em mais baratas. E como sabemos qual o custo dela? Simples, é só observar qual a taxa de juros.
Imagine que você fez um empréstimo de R$ 5.000 a um custo de 11% ao mês. Após um período, outra instituição te oferece um empréstimo, desconsiderando tarifas adicionais, a um custo de 7% ao mês. Não seria vantajoso liquidar a dívida existente com recursos de uma dívida mais barata?
Certamente! Neste exemplo, o tempo para quitar a dívida poderia permanecer o mesmo, mas a prestação paga diminuiria por conta de um menor custo da dívida.
Precisamos entender isso!
No campo dos investimentos, o raciocínio é semelhante.
Imagine que você pretende ter cinco mil daqui um ano aplicando um valor qualquer todo mês.
Neste caso você deveria aplicar R$ 405,32 todo mês a taxa de 0,5% mensal, enquanto a taxa de 1% o valor necessário seria de R$ 394,24.
A tomada de decisão financeira inteligente, seja com questões de investimento ou com questões de dívida (aqui também cabem as compras a prazo), passa pela análise de seu custo, ou seja, qual a taxa cobrada.
Neste fim de ano, com as festas se aproximando, não caia nas armadilhas, use os juros a seu favor!