Autor: Marcel S. Cabral
Veteranos, Baby Bomers, geração X, Millennials, geração Y são algumas das terminologias para falar das pessoas nascidas ao longo das últimas décadas.
Expressões utilizadas mais no Ocidente, elas revelam fatores aos quais tais grupos estavam expostos e acabaram por influenciar sua vida em questões diversas, como trabalho e investimento por exemplo.
Num painel recente, a ANBIMA convidou alguns especialistas para discutir de que forma a geração Y tende a investir.
O conceito para definir essa geração varia entre os distintos pesquisadores do tema com alguns relatando que são os nascidos em meados da década de 80 e outros no início dos anos 90.
De todo modo, os pesquisadores têm como ponto comum relatar, como um dos fatores que caracteriza a geração Y, o fato dela nascer e crescer junta com as inovações tecnológicas oriundas do advento dos computadores. São jovens que durante sua adolescência consumiam conteúdo através da internet por meio de seus PC´s e notebooks.
Essa geração acompanhou a quebra de barreiras físicas, com a aproximação entre pessoas através de ferramentas de comunicação de longa distância. Quem nascido em meados da década de 80 e 90 não se lembra dos revolucionários MIRC, Messenger entre outros?
Esse e outros fatores contribuíram para formar os valores aos quais estão ancorados os comportamentos dessa geração.
Tratando das questões de investimento, algumas pesquisas relatam que, quando comparados às gerações anteriores, os Millennials, como alguns chamam a geração Y, tendem a poupar menos. Esse comportamento levanta uma série de hipóteses que precisam ser testadas para investigar essa baixa adesão aos investimentos.
Qual seria o fator que tem mais influência sobre isso: a melhor condição econômica dessa geração, comparada à anterior ou o excesso de informações disponíveis?
Essa é uma das perguntas que cientistas do mundo todo investigam para avaliar tal comportamento.
Ainda mais, outras características, como a mudança de influenciadores, citada no painel, também é uma questão para observar quando falamos de investimento e geração Y.
Basicamente, isso trata de buscar orientação junto aos seus pares, num processo bem diferente quando comparado às gerações anteriores.
Além das influências psicológicas que a economia comportamental bem explica, entender o comportamento das pessoas também compreende saber quais são suas influências sociais que, de certa forma, podem ser agrupadas em características comuns, mesmo quando falamos de finanças e investimentos.
Uma forma de agrupar tais características é pelo fator temporal, e vale destacar que seja X, Y ou Z, pensando em finanças e investimentos, é fácil compreender que o tempo e o conhecimento são amigos de qualquer geração.