Ontem estava pensando entre dois assuntos para o conteúdo do blog desta semana. Ao chegar no escritório hoje pela manhã e me deparar com a notícia do Prêmio Nobel tomei a decisão sobre o que escrever.

Acompanho pelas mídias sociais as novidades sobre o Nobel Prize, como é chamado o perfil da conta. Lá li o texto que tinha como frase inicial “Our research has greatly changed pensions systems all around the world”. Quem a disse foi Richard Thaler, o ganhador do Prêmio Nobel de Economia deste ano, após ser questionado de como ele acha que a behavioural economics (economia comportamental) pode criar ferramentas para políticas públicas.

Para contextualizar, o Prêmio Nobel de Economia ocorre desde 1969 premiando aqueles que têm as contribuições mais relevantes para essa área. Ao todo, 79 pessoas foram laureadas nesses 49 anos de premiação. Pesquisadores de finanças como Modigliani, Markowitz, Miller, Sharpe, Merton, Scholes, Fama, dentre outros receberam suas honrarias por descobertas que ajudaram a melhor entender o funcionamento da área de finanças e economia, assim como possibilitaram o desenvolvimento de uma série de ferramentas para o desempenho em atividades dessas áreas, como, por exemplo, modelos para a gestão de carteiras e para a precificação de ativos.

Thaler, tal como seu amigo Kahneman, após quinze anos, também é laureado com o Prêmio Nobel de Economia.

Em 2002 a Real Academia Sueca de Ciências destacou que a premiação para Kahneman foi devido à integração de questões psicológicas às ciências econômicas, considerando o julgamento das decisões em condições de incerteza e, agora, Thaler recebe o prêmio por suas contribuições à economia comportamental.

Thaler e Kahneman contribuem para melhor entendermos como tomar decisões, o que tem reflexo evidente no campo das finanças.

Com pesquisas observando a Bolsa de Valores, Thaler evidencia e relata, por exemplo, que a maioria das pessoas tende a overreact diante de eventos inesperados e dramáticos, ou seja, tendem a reagir exageradamente perante situações incomuns, como apresenta em seu artigo mais citado.

Com contribuições em outras áreas, como por exemplo, em precificação, por meio da "contabilidade mental e escolha de consumo” o autor une distintos campos do conhecimento e fortalece as ideias apresentadas na teoria do prospecto proposta por Kahneman.

O princípio central do Prêmio Nobel é a contribuição para o desenvolvimento da humanidade e me parece que com a expressão felicidade no seu livro que fala de como podemos melhorar nossas decisões para incrementar a saúde, a riqueza e a própria felicidade, Thaler reforça o motivo pelo qual Alfred Nobel deixou a ideia do prêmio no seu testamento.