Autor: Marcel S. Cabral
Hoje uma dúvida de um cliente me motivou a escrever esse texto. Fui questionado da seguinte forma:
- Juros mais baixos e tendendo a cair mais, que opções o investidor tem?
Não sou economista, mas das coisas que já estudei sobre o assunto lembro que com juros em queda, o custo do dinheiro fica mais barato, ou seja, há um incentivo mais forte para o consumo e investimentos empresariais, um ciclo bastante conhecido e discutido.
Tratando da pergunta, o que me veio à mente foi de que a preocupação é com a rentabilidade real (descontada a inflação) dos ativos/ títulos que têm como referência a nossa taxa básica de juros, a famosa SELIC (que na verdade é uma meta a ser perseguida para negociações feitas no Sistema Especial de Liquidação e Custódia, daí SELIC!).
Totalmente válida a preocupação, afinal, temos outras espécies de investimento que se aproximam da rentabilidade da SELIC, a saber, os que têm como indexador a taxa DI (essa, pactuada entre as instituições financeiras nos empréstimos entre si).
Títulos públicos, CDB´s, LCI´s, LCA´s, CRI´s, CRA´s e outros produtos que têm como referência essas taxas tendem a perder rentabilidade.
Diante disso, que outras opções temos?
A resposta dessa pergunta me lembra o jargão:
“- A pergunta de um milhão de dólares!”
Bem, existem sim títulos mais conservadores que não tem como referência a SELIC ou até mesmo o DI, incluindo os títulos públicos. Mais ainda, no mercado de renda variável as ações são os exemplos mais claros de alternativas que fogem desses indicadores.
É certo que ações são produtos mais arriscados, porém analisadas com as devidas ressalvas, minimizamos as adversidades. E é bom retratar também que nada foge do risco, basta lembrar nosso histórico com a poupança.